Campeonato Mundial de Ginástica Artística 27.10.2025: Previsões e Dicas
O Campeonato Mundial de Ginástica Artística 2025 — 53.º Mundial — será disputado de 19 a 25 de outubro de 2025, na Indonesia Arena, em Jacarta. Como é tradição em anos pós-olímpicos, não haverá prova por equipes: o programa se concentra nos títulos individuais gerais (All-Around) e por aparelhos. Para o Brasil, o olhar se volta a Flávia Saraiva, Júlia Soares e Arthur Nory, nomes que misturam experiência, execução limpa e chances reais de finais.
Como Funciona este Mundial Pós-Olímpico
- ✖️ Sem equipes: apenas qualificatórias (que definem os finalistas) e finais do All-Around e de cada aparelho.
- 💪 All-Around: soma das notas em todos os aparelhos (4 no feminino; 6 no masculino).
- 👥 Aparelhos:
- Feminino: salto, barras assimétricas, trave e solo.
- Masculino: solo, cavalo com alças, argolas, salto, barras paralelas e barra fixa.
- ⭐ Pontuação: cada série recebe D-score (dificuldade) + E-score (execução). Quedas e grandes desequilíbrios custam caro (≈1,0), por isso a regularidade pesa tanto quanto a dificuldade.
- 📅 Calendário: qualificatórias nos dois primeiros dias, finais do AA na metade da semana e finais por aparelhos no fim de semana.
Projeções Rápidas por Aparelho
O cenário chega aberto: no feminino, Kaylia Nemour (ARG) e Skye Blakely (EUA) lideram as projeções; no masculino, os holofotes recaem sobre os japoneses Shinnosuke Oka (campeão olímpico de 2024) e Daiki Hashimoto (bi mundial 2022–23) e sobre o norte-americano Asher Hong (bronze olímpico 2024).
♂️ Masculino
- Solo (FX): Artem Dolgopyat (ISR) traz combinação de acrobacias de altíssima dificuldade com aterrissagens firmes — quando controla passos, é homem a ser batido. Carlos Yulo (PHI) adiciona amplitude e velocidade nas diagonais, com potencial de D-score 6.4; se mantiver a precisão nas saídas, briga cabeça a cabeça pelo ouro.
- Cavalo com alças (PH): Rhys McClenaghan (IRL) governa o aparelho pelo ritmo contínuo e círculos longos sem quebras; sua margem vem da limpeza no E-score. Illia Kovtun (UKR) pode ameaçar se entregar uma série sem escorregões no fim (dissmount com alta nota), mas a volatilidade do aparelho costuma punir arriscos.
- Argolas (SR): Liu Yang (CHN) tem força estática impecável (cruzes e maltese controlados) e dismount alto. Asher Hong (USA) entra na disputa com rotações mais explosivas; se minimizar balanços residuais nas posições estáticas, seu D-score o coloca no pódio.
- Salto (VT): Carlos Yulo e Jake Jarman (GBR) apresentam dupla de saltos com coeficiente elevado (Roche/Dragulescu + Kasamatsu/Yurchenko 2,5). Quem alinhar melhor a execução e evitar passos grandes nas recepções leva vantagem num aparelho que, em finais, decide por décimos.
- Barras paralelas (PB): Daiki Hashimoto (JPN) mantém linhas corporais exemplares e ligações fluidas; quando acerta, sua E supera rivais com D parecido. Lukas Dauser (GER) oferece alto valor de partida e finais limpos; se as séries chinesas vierem com pequenas falhas de forma, alemão e japonês tendem a capitalizar.
- Barra fixa (HB): Brody Malone (USA) é referência pela segurança nas largadas e recomposições; sua saída alto-valor com recepção estável vira diferencial. Hashimoto permanece candidato se entregar voo-voo (Kovacs + Kolman, por ex.) sem perda de linha.
♀️ Feminino
- Salto (VT): Sem Rebeca Andrade (BRA), a chave abre. Jade Carey (USA) volta a ser parâmetro com execução sólida em dois saltos distintos; se repetir regularidade olímpica, vira padrão de medalha. Shallon Olsen (CAN) tem histórico de finais; precisa controlar passos na recepção para transformar D alto em pódio.
- Barras assimétricas (UB): Kaylia Nemour (ALG) lidera o campo com conexões de altíssimo risco e amplitude; quando passa limpa, sua vantagem de D é quase “buffer”. Nina Derwael (BEL) e especialistas chinesas podem encostar se Nemour cometer erros nas ligações; o aparelho costuma decidir por milésimos no E-score.
- Trave (BB): Alice D’Amato (ITA) chega com composições modernas e estabilidade nas séries acrobáticas; se mantiver o foco nas conexões, tem caminho para ouro. Hwang Seohyun (KOR) sobe a dificuldade com elementos de alto risco — se reduzir desequilíbrios nas entradas/saídas, sua nota de partida a coloca entre as três.
- Solo (FX): Jade Carey e Jessica Gadirova (GBR) combinam acrobacias potentes com apresentações que sustentam E-score alto. Asia D’Amato (ITA) vem com upgrades planejados; se o painel premiar aterrissagens sem passos, pode quebrar a dupla EUA/GBR.
Brasil: Três Nomes, Três Caminhos
- Flávia Saraiva — Ponto forte em trave (precisão nas séries acrobáticas) e boa arte no solo. Se acrescentar um décimo de dificuldade e manter a consistência das qualificatórias às finais, tem perfil de finalista com chance real de brigar por bronze na trave.
- Júlia Soares — Especialista em trave, apresenta linhas elegantes e conexões que, quando bem ligadas, elevam sua D-score a nível de final. A chave para transformar final em pódio é reduzir micro-desequilíbrios na parte artística e “cravar” a saída.
- Arthur Nory — Experiência pesa em barra fixa e solo. Chega competitivo se o corpo responder bem à sequência de elementos de voo; com recepções limpas e controle nas passadas, volta à zona de finais — e, num dia de alta execução, pode surpreender.
Apostas: Por Que Não Existem Odds para a Ginástica
Mesmo sendo um evento de altíssima audiência no Brasil, o Campeonato Mundial de Ginástica Artística raramente aparece nas casas de apostas. No levantamento mais recente da nossa equipe, nenhuma das operadoras analisadas ofertava mercados para o campeonato mundial de ginástica artística 2025 — e isso não é exceção pontual. A modalidade reúne algumas barreiras estruturais para o bookmaking:
- Subjetividade do E-score, mesmo com Código de Pontuação;
- Restrições regulatórias (vários mercados vetam esportes julgados);
- Atletas menores de idade, tópico sensível para operadores;
- Baixa liquidez e assimetria de informação;
- Risco reputacional comparado a esportes de placar objetivo.
Onde Assistir
Para quem busca onde assistir o Campeonato Mundial de Ginástica, o Mundial 2025 terá cobertura de TV e streaming:
- 📺 SporTV2: transmissão ao vivo das finais.
- 💻 CazéTV (YouTube) e Canal Olímpico do Brasil (YouTube): costumam ofertar streams das decisões e highlights.
Brommapojkarna
Boca Juniors